Começou por volta das 16 horas desta segunda-feira (28) o julgamento de quatro acusados de matar o ganhador da Mega-Sena, René Senna. As informações foram confirmadas pelo Tribunal de Justiça do Rio.

A morte do milionário ocorreu em 2007. Os réus serão julgados no Tribunal do Júri de Rio Bonito, na Baixada Litorânea do Rio de Janeiro.

Entre os suspeitos do crime está a viúva do milionário, que chegou ao fórum pouco antes do início da sessão.

O júri será presidido pela juíza Roberta dos Santos Braga Costa, da 2ª Vara de Rio Bonito. De acordo com o TJ, o julgamento deve durar em torno de três dias.

Os ex-seguranças da vítima - o ex-policial militar Anderson Silva de Sousa e o funcionário público Ednei Gonçalves Pereira - já foram condenados a 18 anos de reclusão, cada um, pelo assassinato de René Senna e pelo crime de furto qualificado. O julgamento dos dois foi em julho de 2009, segundo o TJ.

Prêmio de R$ 52 milhões em 2005
Ex-lavrador, René Senna, ficou milionário em 2005, ao ganhar R$ 52 milhões no prêmio da Mega-Sena. Diabético, ele tinha perdido as duas pernas por causa de complicações da doença, e levava uma vida simples em Rio Bonito. Com o dinheiro, comprou casa para os irmãos, um quadriciclo para circular e uma fazenda na cidade, onde mantinha centenas de cabeças de gado. Com medo de sequestro, ele havia contratado seguranças. Apesar de ter enriquecido, René mantinha hábitos simples, como o de beber com amigos num bar próximo de sua fazenda.

Em 2006, começou a namorar a cabeleireira 25 anos mais nova que ele. Ela abandonou o emprego e foi morar com ele na fazenda, junto com dois filhos do primeiro casamento. Segundo parentes do milionário, ela passou a usar roupas caras e a circular num Mercedes-Benz, acompanhada de seguranças.

René Senna foi morto a tiros na manhã de 7 de janeiro de 2007, no Bar do Penco, perto de sua propriedade, por dois homens encapuzados, que estavam numa moto. Ele estava sem os seguranças. No dia do enterro, começaram as primeiras supeitas da família do ex-lavrador contra a viúva, que tinha passado o réveillon com um amante em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos do Rio.



Fonte: G1



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