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Técnico Ferdinando Teixeira/ Foto: Roberto Ranulfo/GLOBOESPORTE.COM
Subir para uma outra divisão do Campeonato Brasileiro não é novidade para o atual técnico do Fortaleza, Ferdinando Teixeira. O treinador conversou com exclusividade com o Globoesporte.com, relembrando a última vez em que o Fortaleza subiu para a segunda divisão do futebol brasileiro, sonho acalentado pelo Tricolor neste ano.

Com alguns acessos na carreira, o treinador do Leão já realizou o feito também pelo atual clube, mesmo que não tenha sido dentro de campo. O objetivo da equipe, conquistar o acesso para a Segundona, já foi realizado pelo mesmo Ferdinando em 2000, na chamada Copa João Havelange, quando o Fortaleza foi convidado e disputou o Módulo Amarelo, equivalente à Segundona.

Fortaleza é incluído na Copa João Havelange

No final do Campeonato Brasileiro de 1999, o Gama-DF contestou o rebaixamento. Na época, houve um remanejamento de pontos no STJD, a favor do Botafogo, que causou a queda para a segunda divisão da equipe do Distrito Federal. Por meio da justiça comum, o Gama conquistou êxito e foi incluído no módulo verde (referente à primeira divisão do Campeonato Brasileiro) da Copa João Havelange, torneio criado pelo Clube dos 13, que depois foi oficializado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

O Fortaleza, juntamente com Caxias, Náutico e Figueirense foram convidados e partiparam do torneio, apesar de nenhuma dessas equipes terem ido à final da Série C do Brasileiro de 1999.

- Subimos pelo desempenho do clube no outro ano, então foi como um prêmio. Valeu a pena todo o esforço que foi feito, pois ganhamos a possibilidade de disputar a Segunda Divisão por melhor desempenho e melhor participação da torcida nos estádios – relembrou o atual técnico do Fortaleza, Ferdinando Teixeira.

O treinador relembra que a situação no clube não era das melhores. Apesar do descontentamento da torcida e de problemas na diretoria, o Leão conseguiu fazer uma boa campanha.

- Foi ótimo. Pegamos o Fortaleza numa situação muito difícil com a direção e a torcida. Depois de um longo tempo, voltamos a ganhar o Estadual, fomos vice-campões do Nordeste e subimos para a Série B, que na época era a Copa João Havelange – disse o treinador.

Hora de repetir o feito


Há pouco mais de 40 dias como comandante do Fortaleza, Ferdinando diz que tem tudo para repetir o feito de 2000 e levar o Tricolor novamente à Série B do Campeonato Brasileiro.

- Acredito muito que temos força para repetir o feito. A torcida e essa diretoria estão fazendo tudo certo. O grupo de jogadores é muito bom e, principalmente, os atletas estão focados. Pode ser que não dê certo porque futebol tem de tudo, mas o trabalho está sendo feito de forma correta. E espero que, a partir de sábado (quando o Fortaleza estreia na Série C, contra o CRB, fora de casa), a gente comece a caminhada pra valer em busca do acesso, pois, com todo o respeito, o Fortaleza não é time pra ficar na Série C.

O Fortaleza estreia na Terceirona, neste sábado, contra o CRB-AL, no Estádio Rei Pelé, às 16 horas (de Brasília).



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MARCELO NICÁSIO COMEMORA O SEU GOL/FOTO:AGÊNCIA ESTADO
A crise está definitivamente instalada no Atlético-MG, e o responsável por isso é a carroça desembestada do Ceará. Enquanto o time mineiro chegou a sua sexta partida sem vitória no Brasileirão, sendo a terceira derrota consecutiva, e se aproximou da zona de rebaixamento, o Vozão aproveitou a força de sua torcida no estádio Presidente Vargas para engatar a terceira e se recuperar do tropeço diante do Coritiba. Marcelo Nicácio, Boiadeiro e Osvaldo fizeram os gols da vitória por 3 a 0.

O Ceará agora é o 11º colocado no Brasileirão, com dez pontos. No entanto, pode perder até duas posições caso Coritiba e Santos vençam Figueirense e Fluminense, respectivamente. Na próxima rodada, o Vozão enfrenta o Figueira no Orlando Scarpelli, domingo, às 18h30m (de Brasília).

O Atlético-MG, com oito pontos ganhos, encontra-se na 15ª posição, e a situação pode ficar ainda mais complicada. Caso Atlético-GOm Coritiba e América-MG vençam Botafogo, Figueirense e Palmeiras, respectivamente, o time entra na zona de rebaixamento - na verdade, bastam dois dos três resultados possíveis para o Alvinegro mineiro parar no Z-4. No domingo, o time encara o Coelho, às 18h30m (de Brasília), na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.

Começo arrasador

O Ceará começou o jogo de forma avassaladora. No embalo da torcida, que lotou o Presidente Vargas, o Vozão encurralou o Atlético-MG no campo de defesa, não deixando o time mineiro respirar. Logo aos três minutos, abriu o placar com Marcelo Nicácio, que aproveitou rebote de Giovanni, após chute de Thiago Humberto.
O gol não diminuiu o ímpeto dos anfitriões, que continuaram em cima do Galo, usando principalmente o setor esquerdo de seu ataque, onde Vicente dava um baile no jovem Roger. No meio, Thiago Humberto era o maestro do time cearense, acionando os laterais Boiadeiro e Vicente constantemente, e municiando Osvaldo e Nicácio,a dupla de ataque do Vozão.

Pelos lados do Galo, a coisa estava feia. O time era demasiadamente lento na saída da defesa para o ataque. Guilherme, muito isolado, não conseguia prender a bola na frente, o que permitia ao Ceará estar constantemente atacando. O primeiro chute a gol com perigo do Atlético-MG só veio aos 33 minutos, com Renan Oliveira.

A vitória parcial do Ceará na primeira etapa fez justiça ao time que mais procurou o ataque e tentou o gol. O único fato a se lamentar pelos lados do Vozão foi a saída do autor do gol ainda no primeiro tempo. O atacante sentiu uma lesão muscular.

Mais dois para a conta

O segundo tempo também começou movimentado. A diferença é que o Atlético-MG também jogava, não se limitando a ser apenas coadjuvante das ações do Ceará. Se Fernando Henrique foi um espectador privilegiado nos primeiros 45 minutos, na etaá final teve de trabalhar e suar a camisa.

Com a contusão de Guilherme, no fim do primeiro tempo, Dorival Júnior mandou Magno Alves a campo, além de Wesley ter entrado no lugar do pouco produtivo Richarlyson. O Atlético-MG voltou ao 4-4-2 e, se não era brilhante em campo, pelo menos tentava o ataque com mais frequência.

Mas o Ceará continuava pressionando, buscando sempre o ataque e aproveitando os espaços que o Atlético-MG dava para os contra-ataques. Foi assim que surgiu o segundo gol. Vicente cruzou na área, e Boiadeiro empurrou para as redes de Giovanni.

O segundo gol desmontou o Galo, que abriu ainda mais espaços na defesa. Osvaldo aproveitou e fez um golaço, ao driblar dois marcadores em velocidade e tocar na saída do goleiro. Com os 3 a 0 no placar e a vitória assegurada, o Ceará passou a tocar a bola, enquanto o Atlético-MG tentava diminuir o placar desordenadamente. Sem sucesso.


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